Acnur alerta para mortes<br>no Mediterrâneo

O número de vítimas mortais em tentativas para cruzar o Mediterrâneo cifra-se até ao momento em pelo menos 3740 pessoas, segundo alertou, dia 26, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

Embora no ano passado se tivesse registado um número semelhante de vítimas (3771) no mesmo período, a actual taxa de mortalidade é muito superior, segundo notou William Spindler, porta-voz de Acnur.

Isto porque em 2015 atravessaram o Mediterrâneo cerca de um milhão e 150 mil pessoas, contra apenas cerca de 329 mil este ano. Ou seja, por cada 269 pessoas que chegaram à Europa no ano passado morreu uma, enquanto agora se regista uma vítima mortal por cada 88 que tentam a arriscada travessia.

«Podemos dizer que a percentagem de mortes aumentou para o triplo», disse Spindler, alertando para as proporções da tragédia humana.

O aumento da mortalidade deve-se a uma maior utilização da rota entre a Líbia e a Itália, mais larga e perigosa do que a rota oriental, entre a Turquia e a Grécia, que foi a mais utilizada durante 2015, até ao encerramento das fronteiras terrestres na região.

Os frequentes naufrágios devem-se à utilização de embarcações sem condições para navegar. A Acnur voltou a apelar aos estados europeus para que criem condições para que as pessoas que fogem da guerra e da fome em regiões da Ásia, África e Médio Oriente, possam migrar legalmente e em segurança para a Europa.

 



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